LATERAL

Gênios da bola

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Nelinho
Ex-lateral-direito do Cruzeiro e Galo

por Rogério Micheletti

Um dos maiores cobradores de falta do Brasil em todos os tempos, Manoel Rezende Matos Cabral, o Nelinho, foi deputado estadual entre 1987 e 1990 e trabalhou de 2005 a 2008 como comentarista esportivo da Rede Globo e do Sportv. 

Hoje, é proprietário da academia Wanda Bambirra, nome da mulher, em Belo Horizonte-MG.

Nascido no Rio de Janeiro em 26 de julho de 1950, Nelinho foi revelado pelo Olaria, mas assinou seu primeiro contrato como jogador profissional com o Bonsucesso, no final dos anos 60.

Em pouco tempo como profissional foi contratado pelo América-RJ, e depois teve rápidas passagens pelo Setubal, de Portugal, pelo Anzoategui, da Venezuela, e pelo Remo, de Belém do Pará. Em 1973, foi para o Cruzeiro onde finalmente "explodiu" para o futebol.

A chegada do futuro ídolo à Raposa foi curiosa. Os dirigentes do clube celeste tentaram a contratação do lateral-direito Aranha, destaque do Remo. Entretanto, o Atlético-MG levou a melhor e fechou a aquisição do atleta. Para não voltar a Belo Horizonte com as mãos vazias, os cartolas estrelados resolveram apostar no reserva da posição, Nelinho. Deu no que deu.

Ele permaneceu na Toca da Raposa até 1980 e seus principais títulos no clube celeste foram os campeonatos mineiros de 1972/73/74 e 77 e a Libertadores da América de 1976.

Nelinho fez parte de uma das maiores formações do Cruzeiro em todos os tempos. Nos anos 70, o time azul, além do lateral-direito, contava com Raul, Dirceu Lopes, Palhinha, Eduardo, Joãozinho, Roberto Batata, Jairzinho e companhia.

Em 1978, Nelinho foi convocado para defender a seleção brasileira na Copa da Argentina. O Brasil ficou com o título moral, mas Nelinho destacou-se. O lateral deixou sua marca registrada, o chute forte, em jogo contra a Itália na disputa do 3º lugar.

O lateral-direito, que em 1979 conseguiu chutar uma bola para fora do estádio do Mineirão, também brilhou no arquirrival do Cruzeiro, o Atlético.

Pelo Galo Mineiro, Nelinho foi quatro vezes campeão estadual: 1981, 1982, 1983 e 1985.

Abaixo, uma reportagem especial com Nelinho, feita pela Rede Globo, com narração de Léo Batista e reportagem de Carlos Valadares. Alguns gols e uma matéria de 1979, quando ele aceita o desafio de chutar uma bola para fora do Mineirão. Veja o que aconteceu: