ZAGUEIRO

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ZAGUEIRO


15/05/2011 08h35 - Atualizado em 15/05/2011 08h35

Ídolo atleticano, zagueiro Luisinho 

relembra primeiro título mineiro


Passado vitorioso pode servir de exemplo para garotada de Dorival Júnior

Por GLOBOESPORTE.COMBelo Horizonte
Luisinho, ex-zagueiro do Atlético-MG (Foto: Galo Digital)Luisinho, ex-zagueiro do Galo (Foto: Galo Digital)
O zagueiro Luisinho é um dos maiores jogadores da história atleticana. Integrante de um Atlético-MG que marcou época na década de 1980, ele tem nove títulos mineiros no currículo. Mas, assim como muitos da equipe alvinegra que enfrentará o Cruzeiro neste próximo domingo, pela segunda partida da final, Luisinho já foi um dia estreante na decisão entre Galo e Raposa. Um jogo que ele ainda se lembra com carinho.

- Se não me engano, foi uma final de 1978, que acabou em 1979. Foi 2 a 1 para o Atlético-MG. Eu me lembro que estava emprestado ao Atlético-MG pelo Villa Nova. O Nelinho, do Cruzeiro, tinha um moral danada, jogador da Seleção, e eu dei um chapéu nele. Eu até brinco com ele que foi isso que me fez ser contratado pelo Atlético-MG em definitivo. E eu era fã dele, o tinha como um ídolo. Ele cheio de moral, Seleção e tudo. Não lembro quem fez os gols, mas, como todo clássico, foi um jogo muito duro.

Na verdade, o jogo ao qual o zagueiro se referiu não foi uma final, mas acabou decidindo a campeonato daquele ano. Com a vitória sobre o rival, o Atlético-MG garantiria o título poucas rodadas depois, de forma antecipada. Uma derrota da Raposa para o Coelho selou a conquista.

O time que o Atlético-MG colocará no clássico deste domingo, às 16h (de Brasília), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, está repleto de garotos. Entre eles, Renan Ribeiro, Fillipe Soutto e Giovanni Augusto. São jogadores formados na base do Galo e que participam da primeira final como profissionais. Na jovem equipe titular do Atlético-MG, apenas Leonardo Silva, Serginho e Mancini tiveram o gosto que Luisinho teve por nove vezes: o de levantar a taça de campeão mineiro.

Longe dos gramados e ocupado com o trabalho na Secretaria de Esportes de Nova Lima, Luisinho contou que tem acompanhado pouco o atual momento alvinegro. No entanto, os garotos lançados por Dorival Júnior chamaram a atenção do zagueiro alvinegro e da Seleção Brasileira.

- Tem uma meninada com disposição. Isso é importante. Tem alguns jogadores experientes também. O time parece estar com espírito de luta, está procurando aparecer no cenário esportivo.

Beliato
Ex-zagueiro do Náutico, Palmeiras e Inter de Porto Alegre

João Augusto Beliato, o ex-zagueiro Beliato de passagens por Náutico, Palmeiras e Inter de Porto Alegre, nasceu em São Paulo em 21 de maio de 1950. 

Começou a carreira do Fluminense de Araguari, Minas Gerais, de onde seguiu para o Verdão, Timbu, colorado de Porto Alegre e Pinheiros de Curitiba, clube no qual encerrou a carreira aos 32 anos. 

Atualmente reside no Recife, onde trabalha como representante de uma empresa de pesca. Sua função é comprar lagostas nas diversas praias do litoral Sul de Pernambuco e revender o produto. 

Casado, tem um casal de filhos. 

Para Beliato, marcantes mesmo foram suas atuações com as camisas de Náutico, onde é ídolo até hoje e jogou durante cinco anos, e Inter de Porto Alegre, em que atuou na campanha do tricampeonato Brasileiro invicto de 1979. Já no Palmeiras, as dificuldades foram grandes. “Como o time contava com Alfredo e Luis Pereira na zaga, a gente se dava por satisfeito quando conseguia um lugar no banco de reservas”. 

Segundo o Almanaque do Palmeiras, de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti, defendeu o clube em apenas uma partida em 1972, vencida pela equipe do Parque Antártica. 

por Marcelo Rozenberg


Amaral
Ex-zagueiro do Guarani e Corinthians

João Justino Amaral dos Santos, o Amaral , ex-zagueiro do Guarani, Corinthians, Santos, América-MEX, Universidad Guadalajara-MEX e Seleção Brasileira, vive em São Paulo e tem uma pequena empresa na Mooca. O Feijão Maravilha nasceu em Campinas em 25 de dezembro de 1954.

Um dos zagueiros mais técnicos que o futebol brasleiro já produziu, Amaral viveu seu melhor momento defendendo o Guarani. No entanto, não fez parte do time campeão brasileiro de 1978, já que havia sido negociado com o Corinthians.

No alvinegro do Parque São Jorge, Amaral formou a chamada "muralha negra" ao lado do goleiro Jairo, do lateral-direito Zé Maria, do zagueiro Mauro, do lateral-esquerdo Wladimir e do volante Caçapava, todos jogadores negros.

Em 1979, ainda pelo Corinthians, foi campeão paulista no time que tinha a forte dupla de ataque Sócrates e Palhinha. Na final, o Corinthians, comandado por Jorge Vieira, derrotou a Ponte Preta, por 2 a 0, no Morumbi.

Amaral foi um herói na Copa de 1978. O Brasil não foi campeão naquele mundial, mas o zagueiro salvou duas bolas em cima da linha na partida contra a Espanha.

Números pelo Timão e seleção

Amaral envergou a camisa corintiana em 133 jogos (65V, 40E, 28D) e marcou apenas um gol. Os dados constam no "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte.

Pela seleção, ele disputou 56 partidas, com 39 vitórias, 13 empates e quatro derrotas. Foi campeão do Torneio Bicentenário da Independência dos Estados Unidos, a Taça do Atlântico, a Copa Rio Branco e a Copa Roca, todos no ano de 1976. Seu último jogo com a camisa canarinho foi no dia 29 de junho de 1980, num Brasil 1 x 1 Polônia. Os dados são do livro "Seleção Brasileira - 90 anos", de Antonio Napoleão e Roberto Assaf.


Edinho
Ex-quarto-zagueiro do Flu, Udinese e Seleção

 
EdinoNazareth Filho, o ex-zagueiro Edinho, nasceu no Rio de Janeiro em 05 de junho de 1955. Em 2012, trabalhava como comentarista no canal a cabo Sportv.
Começou a carreira nas categorias de base do Fluminense em 1969. 
Cinco anos depois, em uma partida contra o Figueirense em Florianópolis, atuou pela primeira vez como profissional. 
Disputou pela Seleção Brasileira as Copas de 1978, 82 e 86. Com a camisa amarela, atuou em 87 partidas (59 como profissional - 38 vitórias, 18 empates, 3 derrotas e 3 gols marcados - e 28 na seleção olímpica / fonte: Seleção Brasileira 90 anos - Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf). 
Casado pela segunda vez, pai de cinco filhos, Edinho tornou-se treinador após encerrar a carreira. 
A primeira equipe que treinou foi o Fluminense, em 1991, e teve passagens por dois outros grandes do futebol carioca: Botafogo e Flamengo. No nordeste dirigiu o Bahia, Vitória e Sport Recife. Também comandou a Portuguesa de Desportos, Goiás, Grêmio, Brasiliense e Boavista-RJ. Em Portugal foi treinador do Marítimo e, também viveu duas experiências como diretor esportivo, no Vitória e no Atlético Paranaense, em 2007 e 2008, respectivamente
Em outubro de 2010 asumiu o comando técnico do Americana (ex-Guaratinguetá) para dirigir a equipe no Campeonato Paulista de 2011.
 
Edinho jogava bola em Copacabana quando apareceu a chance de fazer um teste no Fluminense. Aos 13 anos, começou como infantil no tricolor. E desde cedo teve a chance de mostrar seu talento para o mundo. Valoriza muito ter disputado o torneio de Futebol dos Jogos Olímpicos de 1976, em Montreal no Canadá. Dois anos depois, estava na Argentina atuando como lateral esquerdo na Copa do Mundo.
 
Além do Flu, Edinho defendeu Flamengo, Grêmio e Udinese na Itália. Encerrou a carreira em um time amador de Toronto, no Canadá, em 1990. Foi campeão carioca pelo Flu em 1975, 76 e 80, da Copa União em 1987 pelo Fla, e da Copa do Brasil de 1989 pelo Grêmio.
 
Com a camisa do Flamengo, onde atuou em 1987 e 88, foram 61 jogos (36 vitórias, 14 empates, 11 derrotas) e quatro gols marcados (fonte: Almanaque do Flamengo - Clóvis Martins e Roberto Assaf).
 
por Marcelo Rozenberg