por Rogério Micheletti e Milton Neves
Jogador considerado moderno no final dos anos 70 e começo dos anos 80, Dirceu José Guimarães, o Dirceuzinho, morreu em acidente de carro, no dia 15 de setembro de 1995, no Rio de Janeiro.
Na verdade, ele foi vítima da irresponsabilidade de irracionais apostadores de corrida nos chamados rachas. Voltando tranquilamente de uma pelada entre amigos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, aposentado, poliglota, viajado, riquíssimo e já começando a comercializar passes de jogadores, parou num farol fechado.
Segundos depois, seu Puma foi violentamente colidido por um motorista "rachador" em um carro desgovernado por absoluta irresponsabilidade criminosa, um Monza, ocupado por dois casais que saíram ilesos do acidente. O motorista, que guiava o Monza, não foi responsabilizado pelo acidente.
Dirceu morreu ouvindo música. Seu corpo foi retirado das ferragens com muitas dificuldades. Uma pena, uma fatalidade, uma irresponsabilidade, um crime.
No Puma, com Dirceu, estava seu amigo italiano Pasquale Sazio, que também morreu.
Dirceu, que nasceu no dia 15 de junho de 1952 em Curitiba (PR), começou a carreira no Coritiba em 1972. Hábil ponta-esquerda, Dirceu ficou pouco tempo defendendo o Coxa e logo se transferiu para o Botafogo, onde ficou até 1976.
Após o Fogão, Dirceuzinho jogou pelo Fluminense, em 76, e no Vasco da Gama, em 77, antes de se transferir para o exterior.
Ele defendeu o América do México, de 78 a 79, e depois foi para o futebol europeu. Jogou pelo Atlético de Madrid (Espanha), de 79 a 82, e na Itália vestiu as camisas do Verona, de 82 a 83, o Napoli, de 83 a 84, o Ascoli, de 84 a 85, o Como, de 85 a 86, e o Avellino, de 86 a 87.
Retornou ao futebol brasileiro em 88, quando atuou mais uma vez pelo Vasco da Gama. A segunda passagem dele por São Januário durou pouco tempo e ainda no mesmo ano ele voltou ao exterior para defender o Miami Sharks (88), o Empoli (89, 90 e 91), o Bologna (90) e o Ancara (93 e 94) e o Yucatán do México (95).
Pela seleção brasileira, Dirceu realizou 44 partidas e participou de três mundiais: 1974, 1978 e 1982. No Mundial da Argentina, em 78, ele se destacou e marcou um dos gols do Brasil na vitória sobre a Itália, na vitória de virada por 2 a 1, na disputa pelo terceiro lugar.
Os principais títulos conquistados por Dirceu foram os cariocas de 76 (pelo Fluminense) e 77 e 88 (pelo Vasco da Gama).
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