GILMAR LEIR - GOLEIRO DO PALMEIRAS ANOS 80

Gênios da bola

GILMAR LEIR - GOLEIRO DO PALMEIRAS ANOS 80

 





Gilmar faz mais um de seus milagres contra o Corinthians. Crédito: revista Placar – 21 de agosto de 1981.

No dia seguinte, não se falava em outra coisa na cidade. O espetacular desempenho do jovem guarda metas garantiu o triunfo do alviverde pela contagem mínima:

6 de agosto de 1981 – Campeonato paulista – Corinthians 0x1 Palmeiras – Estádio do Pacaembu – Árbitro: Dulcídio Wanderley Boschilia – Público: 42.321 – Renda: CR$ 8.528.700,00 – Gol: Freitas aos 19’ do segundo tempo – Cartão amarelo: Sócrates, Osni e Joãozinho.

Corinthians: César; Lóti, Mauro, Wagner Basílio e Waldimir; Caçapava, Sócrates e Zenon; Paulinho, Mário e Joãozinho (Baianinho). Técnico Julinho. Palmeiras: Gilmar; Nenê, Édson Furquim, Deda e Pedrinho; Jaime Boni, Freitas e Célio; Osni, Paulinho (esquerdinha) e Reginaldo. Técnico: Jorge Vieira.


Leir Gilmar da Costa nasceu na cidade de Marília (SP), no dia 7 de setembro de 1956. Filho do tapeceiro João Lucídio da Costa e de dona Diana, Gilmar foi o quinto filho do casal.

Arnaldo César Coelho expulsou Leão e abriu caminho para o novato Gilmar.

O pai era um fanático torcedor do São Paulo, enquanto dona Diana, torcedora do Corinthians, já tinha decidido que o nome do menino seria uma homenagem ao grande goleiro Gylmar dos Santos Neves.

Mais tarde, o destino do menino se encarregou de justificar o nome escolhido.

Revelado nas categorias amadoras da Sociedade Esportiva Palmeiras, onde chegou em meados de 1973, Gilmar era mais um entre tantos que sonhavam em ocupar o lugar do intocável e consagrado Emerson Leão.

De tanto esforço e dedicação, o posto de terceiro goleiro já era um grande progresso naquele paulistão de 1977.

Crédito: albumefigurinhas.no.comunidades.net.

Crédito: revista Placar – 23 de novembro de 1979.

Em junho, contra o São Bento de Sorocaba, Leão estava impossibilitado de jogar e Bernardino seria o escalado.

Mas Bernardino se machucou no decorrer da partida e o garoto Gilmar entrou e ajudou o time na vitória apertada pelo placar de 2×1.

Depois desse jogo vários meses se passaram até os compromissos finais do campeonato brasileiro de 1978, contra o Guarani.

No primeiro jogo, realizado no estádio do Morumbi em 10 de agosto de 1978, Leão levantou o cotovelo na nuca do novato centroavante Careca, que sem perder tempo ficou estendido no chão.

Crédito: revista Placar.

Estádio do Morumbi em 7 de setembro de 1980. Corinthians 2×1 Palmeiras. Gilmar e Beto Fuscão no momento do gol decisivo de Sócrates. Um triste aniversário marcado pela derrota de virada contra o maior rival.

O árbitro Arnaldo César Coelho expulsou Leão, forçando o técnico Jorge Vieira, que já tinha efetuado seu limite de substituições, contar com o meio campista Escurinho no gol.

Escurinho não pegou o pênalti cobrado por Zenon e assim o Guarani saiu de São Paulo com uma vantagem enorme para o jogo de domingo em Campinas.

Coube ao novato Gilmar segurar o rojão justamente naquele caldeirão do Brinco de Ouro, que poderia valer ao Palmeiras mais um título nacional.

O jovem goleiro foi bem e praticou boas defesas, mas não evitou o gol solitário do centroavante Careca.

Crédito: revista Placar – 21 de agosto de 1981.

Gilmar no Bangu. Crédito: revista Placar – 6 de dezembro de 1985.

Depois da saída de Leão para o Vasco da Gama, Gilmar assumiu definitivamente o posto de titular. Viveu entre tapas e beijos: Grandes exibições e acusações por gols considerados defensáveis.

Permaneceu no Palmeiras até o início de 1984, quando foi negociado com o Bangu Atlético Clube do Rio de Janeiro.

Pelo alviverde, conforme registros publicados pelo Almanaque do Palmeiras, de autoria de Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio Venditti, Gilmar realizou 288 jogos obtendo 111 vitórias, 105 empates, 72 derrotas e 282 gols sofridos.

A negociação com o dirigente Castor de Andrade e o técnico Moisés Matias de Andrade foi rápida e não durou mais do que meia hora. Em “Moça Bonita”, Gilmar se dizia feliz, embora o Rio de Janeiro o assustasse muito.

Crédito: revista Placar – 6 de dezembro de 1985.

Gilmar no Bangu. Crédito: revista Placar – 6 de dezembro de 1985.

Logo que se apresentou no clube carioca Gilmar recebeu do técnico Moisés uma caixa de sapatos carregada de dinheiro vivo. Eram 7,5 milhões de cruzeiros, metade do pagamento das luvas prometidas por Castor de Andrade.

Além da informalidade do novo ambiente, Gilmar precisou se acostumar aos quase freqüentes 40 graus de temperatura registradas em Bangu, o lugar mais quente do subúrbio carioca.

Jogando pelo Bangu Gilmar foi vice-campeão brasileiro de 1985 e campeão da Taça Rio de 1987.

Depois atuou no futebol português, no futebol paranaense e em vários times do futebol paulista, entre eles o Juventus e o União São João. Em seguida iniciou sua trajetória como treinador.

Crédito: revista Placar – 20 de julho de 1987.

Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar (por Alfredo Ogawa, Débora Chaves e Marco Aurélio Borba), revista Manchete Esportiva, site do Milton Neves (por Rogério Micheletti), esporte.uol.com.brbangu.netcampeoesdofutebol.com.brjogadoresdopalmeiras.blogspot.com.bralbumefigurinhas.no.comunidades.net, Almanaque do Palmeiras – Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio Venditti, senhorpalmeiras.com.br.

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